O Guia Alimentar para a População Brasileira foi elaborado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Foi publicado pelo Ministério da Saúde em 2014. Tal qual, é reconhecido internacionalmente por órgãos como a Organização das Nações Unidas pela Agricultura e Alimentação (FAO), Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF) e Organização Mundial da Saúde (OMS). Principalmente, é respeitado pela sua linguagem acessível, embasamento científico e abordagem prática.
A principal inovação do Guia Alimentar foi centrar suas recomendações na classificação dos alimentos segundo o tipo de processamento e não somente em termos de nutrientes. Por exemplo, é o caso das classificações como alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultra processados. Ainda assim, o Guia sugere que se prefira alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultra processados.
Essa abordagem se alinha às recomendações internacionais e se fundamenta em amplo arcabouço científico. Da mesma forma, o enfoque demonstra que a alimentação baseada no consumo de alimentos processados e ultra processados está associada ao aumento da morbidade e da mortalidade por diversos agravos à saúde, especialmente doenças crônicas não transmissíveis.
Defesa do Guia Alimentar vigente
O governo quer alterar a classificação que considera o tipo de processamento dos alimentos! Uma Nota Técnica do Ministério da Agricultura enviada ao Ministério da Saúde, em 09 de setembro de 2020, faz críticas ao Guia. Tal qual, recomenda a retirada imediata das menções sobre alimentos processados alegando que são equivocadas, preconceituosas e pseudocientíficas. Bem como, a nota alega que isso impede a ampliação da autonomia das escolhas alimentares.
A Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável reúne 60 entidades brasileiras que defendem o interesse público para o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Ela entregou ao Ministério da Saúde um abaixo assinado em defesa do Guia Alimentar no dia 24 de setembro de 2020. A ideia é evidenciar não apenas a participação popular neste movimento de valorização do Guia, mas também a manutenção do original de 2014. A entidade acredita que a estratégia para o enfrentamento da fome e promoção da saúde passa pela alimentação saudável e adequada.
A Santin aguarda e torce para que esse importante instrumento de educação nutricional seja mantido conforme a versão atual.
Esse e outros assuntos são tratados através das nossas áreas clínicas:
NUTRIÇÃO PSICOLOGIACrédito da imagem e download gratuito do guia: NUPENS/USP.